Quando Karina nasceu era uma menininha muito fofa. Quase não tinha cabelos que eram somente uma penugem dourada. Sua boca parecia um coração vermelho e seus olhos eram dois pedacinhos do céu.
Seus pais estavam orgulhosos. Todos que a viam falavam de sua beleza.
Assim ela foi crescendo e aos três anos já se percebia sua vaidade, que era estimulada pela mãe e pela avó. Achavam graça porque ela procurava o batom e a sombra de olhos da mãe para usar. Ficava horas escovando os cabelos, agora louros e cacheados nas pontas. Fazia poses diante do espelho, passando o blush da avó.
Foi assim que a menina cresceu, exigindo a sandália tal, a roupa de marca, o tênis mais caro. Para ela isso era mais importante que as notas na escola e a leitura de bons livros. Ela já estava com treze anos. Desde os doze já namorava com garotos cinco ou seis anos mais velhos. No colégio já havia passado de mão em mão dos rapazes mais atrevidos. Karina era linda! Atraía os olhares por onde passasse. Sua vaidade ia a extremos de pintar os cabelos e as unhas todos os sábados. Só pensava em baladas e em namorar.
Só agora a ficha estava caindo na cabeça de seus pais. E agora, era tarde demais.
Karina já havia repetido três vezes a sexta série. Não queria mais estudar. Vivia de ilusão.
O tempo foi passando e naquela família crescia uma bela menina fútil e sem conteúdo. Por esse motivo, os namorados que ela arranjava eram como ela. Não estudavam e não trabalhavam.
Como não terminara os estudos e era vaidosa, não se conformava com um empreguinho qualquer. Assim, com dezoito anos, saiu de casa, para desespero da família. Foi morar com uma colega e, embora não confessasse, seus pais sabiam que era garota de programa...
Pais, prestem atenção nos seus filhinhos quando ainda são pequenos. Não estimulem atitudes que não são próprias para a idade. Com muito jeito, desviem aquilo para outra brincadeira. Cuidado com o que eles vêem na tevê. Não fechem os olhos fingindo que não há nada, porque quando os abrirem, o tempo terá passado e será tarde demais!
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