Introdução

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De repente tive uma vontade incontrolável de escrever este livro.Era como uma força me empurrando, não me deixando desistir. São histórias atuais, engraçadas, algumas trágicas, muitas são verdadeiras, onde os nomes dos personagens foram trocados para preservar suas identidades. De início, meu objetivo era um livro para pais e filhos lerem na cama, na hora de dormir, transmitindo sempre um modo de vida inteligente, de paz e bons conselhos. Depois, percebi que as histórias também poderiam ser lidas por professores, em sala de aula, debatendo os temas, de modo a se aprofundar neles. Aliás, é imprescindível que ao final de cada leitura seja feita uma reflexão sobre o tema para que o livro seja melhor aproveitado. Espero conseguir tocar o coração de alguém e só por isso, já terá valido a pena.

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16:51

Um rapaz de caráter

Quando dona Lucia perguntou ao Daniel quem havia quebrado o espelho do quarto, este respondeu bem depressa:– “Não fui eu!”
A mãe sabia que tinha sido ele, mas deixou passar.
E assim, dia após dia, vieram outras respostas: – “Não fui eu!”
O cadarço do sapato cortado com a tesoura, o copo de vidro quebrado e na lixeira, o fio de telefone arrancado, a parede riscada com lápis de cera e outras coisinhas sem tanta importância, travessuras de criança, mas que Daniel ia logo avisando – “Não fui eu!”
Certo dia, a cortina do quarto apareceu com um buraco, cortada com a faca. Nesse momento dona Lucia parece que acordou e resolveu parar de fechar os olhos para as pequenas mentiras e traquinagens do filho, que estava com cinco anos.
Chamou a criança para uma conversa a dois:
Meu filho, sabe que pode confiar na sua mãe, não é?
Sim, mamãe–respondeu o menino, com os olhos baixos.
Pois bem–continuou–você confia em mim porque sempre cuidei de você com carinho, porque sou verdadeira e leal com você. Chegou a hora de você parar de fazer essas travessuras e estragar as coisas.
Mas mamãe...
Não tem mas nem meio mas! Sei que você cortou os cadarços do sapato, quebrou o espelho do quarto, riscou a parede e agora cortou a cortina! chega! E chega também de mentir! É natural que você tenha medo de dizer a verdade, mas deve dizê-la de qualquer jeito. A partir de hoje não quero mais essas “artes” de cortar coisas. Você está ficando um homem. Por isso, se voltar a estragar alguma coisa que prejuízo, vai ficar sem ir ao shopping no fim de semana. Eu quero me orgulhar de você, ouvindo “a verdade”. Estamos entendidos?
Sim, mamãe – respondeu Daniel.
Dois dias após essa conversa, Daniel subiu na cadeira da cozinha para pegar água e, sem querer, quebrou uma xícara. Quando sua mãe viu, perguntou o que acontecera. Desta vez, Daniel respondeu meio reticente:
– Foi sem querer, mamãe, mas fui eu...
Dona Lucia abraçou o filho e disse:
Tudo bem, filho, acidentes acontecem. Fiquei orgulhosa porque disse a verdade.
E assim, aos poucos, a mentira foi dando lugar à verdade e as “artes” ficaram para trás na vida de um menino que hoje é um rapaz de caráter, graças à maneira como foi educado por sua mãe: com carinho, mas com firmeza.

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