Introdução

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De repente tive uma vontade incontrolável de escrever este livro.Era como uma força me empurrando, não me deixando desistir. São histórias atuais, engraçadas, algumas trágicas, muitas são verdadeiras, onde os nomes dos personagens foram trocados para preservar suas identidades. De início, meu objetivo era um livro para pais e filhos lerem na cama, na hora de dormir, transmitindo sempre um modo de vida inteligente, de paz e bons conselhos. Depois, percebi que as histórias também poderiam ser lidas por professores, em sala de aula, debatendo os temas, de modo a se aprofundar neles. Aliás, é imprescindível que ao final de cada leitura seja feita uma reflexão sobre o tema para que o livro seja melhor aproveitado. Espero conseguir tocar o coração de alguém e só por isso, já terá valido a pena.

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16:43

A honestidade




Naquela casa morava uma família feliz. Eram pobres, mas tinham alimentos para todos. Não passavam fome, mas a comida era bem simples. E, no entanto, eram felizes. Havia união entre eles. Brigavam, como todos os irmãos brigam, discutiam, mas ai de quem se metesse com um deles!
O pai, senhor austero, de pouco estudo, porém tinha o hábito de conversar com os filhos, à noite, após o jantar. E isso era muito bom.
A mãe, um pouco magra e cansada pela luta em criar oito filhos, estava sempre na escola para saber como iam os maiores, pois os menores ainda andavam agarrados nas suas saias compridas, sendo que um, ia ao colo, pendurado no seio.
Esses irmãos cresceram assim, orientados pelos pais e depois de vários anos, todos se formaram, menos Josué, que tinha mais dificuldade na aprendizagem. Após terminar o primeiro grau, Josué conseguiu uma vaga numa empresa que prestava serviço para o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Era encarregado da limpeza dos banheiros do setor de desembarque.
Certo dia, ao entrar no recinto dos toaletes, Josué encontrou uma maleta esquecida num canto. Cuidadosamente, ele a abriu e ficou assustado com o que ela continha. Assim, tratou logo de fechar e sem pensar muito levou-a ao departamentos de achados e perdidos, pedindo a um colega que fosse testemunha do que havia dentro e que ele a estava entregando.
No dia seguinte, a imprensa toda estava sabendo do ocorrido e procurava Josué para entrevistá-lo. Este, muito tímido, procurava esquivar-se e respondia com poucas palavras.
Logo apareceu o dono da maleta, procurando recuperá-la. Era um senhor de idade avançada, de nacionalidade estrangeira. Distraído, esquecera a maleta no toalete. Queria encontrar Josué para recompensá-lo.
Então descobriu-se que a maleta continha dez mil dólares!
No momento em que o estrangeiro agradecia a Josué, câmeras de tevê, repórteres em volta deles, aquela confusão toda, mas Josué não aceitava a recompensa. Um jornalista perguntou por que ele não queria aceitar.Josué coçou a cabeça, sorriu e disse:
– O dinheiro não é meu. Foi perdido e é minha obrigação entregá-lo ao dono. Penso que se eu fosse o dono, gostaria de recuperar o dinheiro. Tenho certeza de que serei recompensado com saúde e alegria e isso não tem preço.
Todos se admiraram de como um rapaz simples tinha essa visão da vida. Entretanto, Josué sabia como. Quem lhe deu essa visão da vida, ainda vivia naquela casinha pobre: estava mais velho, mas ainda tinha o hábito de conversar com os filhos após o jantar...

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