Introdução

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De repente tive uma vontade incontrolável de escrever este livro.Era como uma força me empurrando, não me deixando desistir. São histórias atuais, engraçadas, algumas trágicas, muitas são verdadeiras, onde os nomes dos personagens foram trocados para preservar suas identidades. De início, meu objetivo era um livro para pais e filhos lerem na cama, na hora de dormir, transmitindo sempre um modo de vida inteligente, de paz e bons conselhos. Depois, percebi que as histórias também poderiam ser lidas por professores, em sala de aula, debatendo os temas, de modo a se aprofundar neles. Aliás, é imprescindível que ao final de cada leitura seja feita uma reflexão sobre o tema para que o livro seja melhor aproveitado. Espero conseguir tocar o coração de alguém e só por isso, já terá valido a pena.

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17:02

Conforme você pensar, assim será

Carlos e Ygor acabavam de ingressar na quinta série do primeiro grau. O ano letivo estava iniciando e os dois enfrentavam as dificuldades normais dos pré-adolescentes que deixam uma professora única e vão encontrar seis ou sete professores de diferentes matérias.
Carlos estava com onze e, embora fosse um ano mais novo que Ygor, parecia mais amadurecido.
Os meses foram passando e chegaram as primeiras provas.
Ygor estava em pânico. Estudava regularmente em casa, mas não muito. Ficava tão nervoso que roia as unhas.
Carlos, ao contrário, pensava em êxito. Tinha confiança que seria bem sucedido nos exames. Ele acordava cedo, tomava um café da manhã reforçado com frutas, leite, queijo e pão.Ia para a escola a , que a mesma ficava a apenas trezentos metros de sua casa. Prestava bastante atenção nas aulas, fazia perguntas quando tinha dúvidas e anotava os pontos importantes. Carlos era organizado. Ele sabia que estava numa grande jornada. Ele via sua vida de estudante como uma grande viagem e no final, a conquista de um emprego para ser independente. Desde tenra idade que Carlos dizia: “–Quero crescer e ganhar meu dinheirinho.”
Ygor custava a acordar pela manhã. Sua mãe tinha que ficar chamando muitas vezes. Seu café era puro com pão e manteiga. Ele não tomava leite nem gostava de queijos. Raramente comia frutas. A mãe o levava de carro até a escola, apesar de morar na mesma rua que o Carlos. Durante as aulas ficava desenhando no caderno ou conversando com outros meninos. Poucas vezes prestava bastante atenção, por isso, quando ia estudar em casa, tinha dificuldades e demorava mais para terminar os deveres.
Durante o período de provas, Carlos e Ygor se encontravam no recreio. Ygor dizia estar cheio de medo, pensava em derrota, que a prova seria difícil, pensamentos negativos. Carlos zangava com o amigo dizendo:
– Pare com isso! Você tem pensamentos ruins!
Ygor respondia;
Que posso fazer? Fico nervoso e tenho medo!
Carlos abraçava o colega de turma, com ar de adulto:
Não pode ser assim, não, cara! Tem que pensar que vai dar tudo certo! Mesmo quando vejo que vai ser difícil, eu penso que vai dar tudo certo, que vou fazer o melhor que puder. Tá ligado? e ensinava: Olha, faz assim, respira fundo e solta pela boca. Devagar...devagar! Vai...vai... respira!
Ygor ia ficando mais calmo e pensava que Carlos era um amigão; afinal ele era um menino de sorte por ter um amigo como aquele...
Com a ajuda de Carlos, Ygor conseguiu superar as dificuldades e terminar o primeiro grau. O amigo estava sempre aconselhando para pensar positivo; e não desistiu,percebendoque Ygor, mesmo sem conseguir totalmente, estava melhorando seu modo de pensar.
No final do curso, quando estavam de férias, Ygor mudou-se com sua família para outra cidade e os dois não se viram por muitos anos.
Certo dia, no Centro do Rio de Janeiro, Carlos viu um homem de terno cinza atravessando a avenida. Era Ygor. Abraçaram-se, com saudades dos tempos de escola. Em conversa, Ygor disse estar trabalhando num banco e estudando à noite, começando a faculdade de Administração. Carlos contou que era médico e estava fazendo um curso de especialização, além de trabalhar num grande hospital pediátrico.
Despediram-se, trocando telefones.
Quando Carlos ia guardar o telefone de Ygor, olhou atrás do cartão e viu que estava escrito: “Quem encontra um bom amigo, acha um tesouro.”
O pensamento é o segredo de tudo.

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