Introdução

Minha foto
De repente tive uma vontade incontrolável de escrever este livro.Era como uma força me empurrando, não me deixando desistir. São histórias atuais, engraçadas, algumas trágicas, muitas são verdadeiras, onde os nomes dos personagens foram trocados para preservar suas identidades. De início, meu objetivo era um livro para pais e filhos lerem na cama, na hora de dormir, transmitindo sempre um modo de vida inteligente, de paz e bons conselhos. Depois, percebi que as histórias também poderiam ser lidas por professores, em sala de aula, debatendo os temas, de modo a se aprofundar neles. Aliás, é imprescindível que ao final de cada leitura seja feita uma reflexão sobre o tema para que o livro seja melhor aproveitado. Espero conseguir tocar o coração de alguém e só por isso, já terá valido a pena.

Pesquise este Blogue digite na caixa o artigo que voce procura...

Seguidores

16:54

Não destruir, só construir






Eram sete horas.
Na volta às aulas, após as férias, as crianças encontraram a escola toda branquinha. Pintaram até o telhado com tinta marrom-claro. Dava gosto de ver! As carteiras, as portas, as janelas, o refeitório, tudo pintado de azul. O ar trazia aquele cheiro bom de coisa nova, combinando com o ano letivo que ia começar.
Era aquele alvoroço todo de primeiro dia, com professoras levando os alunos para as salas.
fora, as mães davam adeus e alguns alunos novatos choravam, sendo consolados pelas “tias”.
Havia no ar também, um aroma gostoso de merenda, a qual estava sendo preparada.
Mais tarde, teve o recreio. Comeram merenda, brincaram e voltaram para as salas.
Foi então que a diretora viu na parede nova do banheiro masculino,uns rabiscos feitos com lápis-cera vermelho. A tampa de um vaso sanitário também estava quebrada.
A diretora resolveu ir de sala em sala relatando o acontecido. Não queria descobrir o autor. queria entender, por que destruir o que era deles e para eles?
As crianças reagiam com espanto. Algumas riam. Outras ficavam indignadas com tamanho descaso com a escola.
Dona Célia, professora da quarta série, conversou com os alunos:
Vocês gostaram de encontrar a escola toda novinha, limpa, na volta às aulas, não é?
– Gostamos! responderam em coro.
Dona Célia continuou:
– Espero que não tenha sido ninguém desta turma, mas...se foi... espero que ele pense bem, em casa, se é certo destruir algo tão bom, que foi feito com tanto carinho para todos. Será que ele faria isso na sua própria casa? Se começarem a destruir, rabiscar as paredes, quebrar as carteiras, vão ter que freqüentar um lugar feio, como era no ano que passou! Os pais ficam reclamando do governo que não conserta a escola, e agora? Por que destruir, se podemos construir?
Ana Luiza, uma menina esperta, levantou o braço para falar:
Tia, eu acho que destruir é uma coisa ruim e que pode atrair para nós acontecimentos ruins...
Dona Célia sorriu e completou:
Muito bem Luiza! É isso mesmo! Se vocês pensarem coisas positivas, coisas boas, podem atrair o bem para suas vidas. Ao contrário, se pensarem em destruir, atraem coisas negativas.
Como assim? perguntou Otavio- um menino moreno de cabelos encaracolados.
Quem rabiscou as paredes e quebrou o vaso, pode perder um estojo, pode levar um tombo na rua... Não é, tia? apressou-se a explicar a Luiza.
– É... mais ou menos isso... O certo é que crianças ou adultos que fazem o bem, recebem o bem; é a lei da vida. Não é castigo de Deus, não! É a lei da atração. O bem atrai o bem.
– E o mal atrai o mal! falaram em coro os alunos.
Bem no fundo da sala, com os olhos arregalados, um menino perguntou:
– E se a pessoa se arrepender e não fizer mais?
– Se for sincero, de coração e for uma criança, tudo será esquecido.disse sorrindo a professora.
Assim continuaram a aula e não falaram mais naquele assunto.
Talvez o aluno travesso fosse da turma da Dona Célia. O fato é que o ano todo passou e nunca mais apareceu um rabisco nas paredes. A diretora, porém, conversou com todas as turmas. Ali, os funcionários tratavam as crianças com muito respeito e carinho. Quando alguém não se comportava bem, era levado para a sala da diretora e ia bem uma hora de conversa e conselhos. Quem é que queria isso? Era pior do que um puxão de orelhas!
Aquela escola era muito feliz. Todas as turmas faziam uma oração antes de iniciar a aula.
À noite, quem passava pela rua, avistava a brancura da escola ao longe. Havia até quem jurasse ter visto um brilho suave de estrelas por cima do telhado...
Mas isso, pode ser imaginação...

0 comentários:

Do Blogue RC DdV D para o BSU

Powered By Blogger